2 de mar. de 2012

Tape Art - Iris Simmons

Trabalho artístico maravilhoso de Iris Simmons, de Princeton - EUA.

Vale a pena entrar no flicker dela e apreciar uma por uma.

Estas abaixo fazem parte da série Ghost in the Machine, com retratos de músicos feitos a partir de fitas k7 e retratos de atores feitos com bobinas de filmes.

Ao todo são 54 imagens, além de Patti Smith, Jimmy Hendrix e Bob Smith, tem Kurt Cobain, Bob Marley, Jim Morrison, The Beatles e vários outros ícones da música.



28 de set. de 2011

Seleção Sonic Youth - a melhor faixa de cada álbum

Fiz uma seleção com a melhor faixa de cada um dos álbuns do Sonic Youth, na minha humilde opinião musical. As faixas selecionadas estão disponíveis para download aqui, e mais abaixo inseri vídeos de cada uma delas.

Claro que a escolha das faixas não foi algo fácil. No caso de Goo, por exemplo, meu álbum preferido da primeira década do Sonic, fiquei indecisa entre Cinderella's Big Score, Kool Thing, Disappearer e Dirty Boots.

Em Experimental Jet Set, Thash And No Stars fiquei em dúvida entre três faixas, primeiro descartei Winner's Blues considerando que o violão desta não é uma característica forte na obra da banda, mas ainda restava Androgynous Mind e Screaming Skull, escolhi esta última por que me traz boas lembranças da época que a tocava na banda Folha Doce.

Mas a decisão mais difícil sem dúvida foi no álbum Sonic Nurse, com Stones e I Love You Golden Blue, faixas que amo absurdamente. Deixar I Love You Golden Blue de fora chegou a ser dolorido.

Seleção Sonic Youth - faixas no download:
01 Sonic Youth - 1982 - She Is Not Alone
02 Confusion Is Sex - 1983 - Protect Me You
03 Bad Moon Rising - 1985 - Flower
04 EVOL - 1986 - Shadow Of A Doubt
05 Sister - 1987 - Schizophrenia
06 Daydream Nation - 1988 - Kissability
07 Goo - 1990 - Disappearer
08 Dirty - 1992 - JC
09 Experimental Jet Set, Thash And No Stars - 1994 - Screaming Skull
10 Washing Machine - 1995 - The Diamond Sea
11 A Thousand Leaves - 1998 - Hoarfrost
12 NYC Ghost And Flowers - 2000 - Nevermind (What Was It Anyway)
13 Murray Street - 2002 - The Empty Page
14 Sonic Nurse - 2004 - Stones
15 Rather Ripped - 2006 - Pink Steam
16 The Eternal - 2009 - What We Know

Sonic Youth - 1982 - She Is Not Alone:


Confusion Is Sex - 1983 - Protect Me You:


Bad Moon Rising - 1985 - Flower:


EVOL - 1986 - Shadow Of A Doubt:


Sister - 1987 - Schizophrenia:


Daydream Nation - 1988 - Kissability


Goo - 1990 - Disappearer:


Dirty - 1992 - JC:


Experimental Jet Set, Thash And No Stars - 1994 - Screaming Skull:


Washing Machine - 1995 - The Diamond Sea:


A Thousand Leaves - 1998 - Hoarfrost


NYC Ghost And Flowers - 2000 - Nevermind (What Was It Anyway):


Murray Street - 2002 - The Empty Page:


Sonic Nurse - 2004 - Stones:


Rather Ripped - 2006 - Pink Steam:


The Eternal - 2009 - What We Know:

13 de abr. de 2011

Silversun Pickups

Mês passado postei um clipe da banda Silversun Pickups, que assisti por acaso numa dessas playlists do youtube. O clipe em questão me desagradou por ser uma cópia descarada de Dirty Boots do Sonic Youth.

Apesar do desagrado mantive-me aberta a ouvir melhor o som dos caras, afinal, se beberam na fonte do Sonic Youth para o clipe, talvez tenham bebido também musicalmente.

Bem, segundo a página do wikipedia a banda cita Sonic Youth, My Bloody Valentine, Pixies e Velvet Underground como influências, mas o som deles está mais pra uma mistura de Smashing Pumpkins, Lemonheads e Jesus and Mary Chain. 

Já defini anteriormente que pesquisar um som no youtube é o xaveco, baixar um cd é a ficada, baixar a discografia é o namoro e comprar cds/dvds originais é o casamento. A princípio o Silversun Pickups não empolgou muito no xaveco, mas vou arriscar uma ficada.





6 de abr. de 2011

Drosóphila

Minha tarde de trabalho hoje foi carregada de sono e não havia café que me despertasse. Quando acabei o sexto copo de café foi inevitável cantar:
"Bebi todo café que se pode beber... quero viver da falta do que fazer."
Não Tô Afim - banda Drosóphila.

Conheci o Drosóphila no Urbanus Bar em São José dos Campos, numa noite em que tocaram Drosóphila, Wonkavision e meus amados Jerks. Não me recordo em que ano foi, mas creio ter sido entre 2000 e 2002. Também não me recordo com quem fui a esse show, mas sei que eu estava solteira... e bêbada. Talvez tenha sido mais um daqueles shows que eu ia sozinha, na fé.

Depois de um tempo descobri que meu companheiro de "violão, praça e vinho", Leo era primo da Elaine, baixista do Drosóphila. Ele me emprestou um cd da banda e eu nunca mais devolvi. Confesso que hoje esse cd está totalmente riscado, mas eu nunca mais deixei de ouvir Drosóphila graças ao Trama Virtual. É o tipo de som que você pode ficar ouvindo o dia inteirinho que não cansa.

A banda nasceu em Santos em 2000, mas parecia estar migrando para São José, já que a vocalista Ana Pimentel mudou-se para terras joselitas. Nenhum dos integrantes se dedicava totalmente a música, todos tinham seus trabalhos e isso tornava o trabalho da banda meio lento. Ficavam meses sem dar notícias de shows, anos sem lançar músicas, anunciavam mudanças de formação, mas sempre estavam presentes nas emergentes redes sociais divulgando o trabalho. Infelizmente no ano passado Ana Pimentel anunciou o fim definitivo da banda.

Mas a minha vontade de ouvi-los ainda não chegou ao fim.

25 de mar. de 2011

Direito Autoral e Ecad em crise

Tenho acompanhado de perto o debate sobre o Direito Autoral no Brasil e a (in)eficiência do ECAD quanto à distribuição de valores para os artistas. Decidi publicá-lo na integra por ter entendido que o artigo abaixo deixou o ECAD sem resposta, sem argumentos para garantir que cumpre sua função sem ferir os direitos de quaisquer artistas:


Quando alguém vai gravar um CD de música é necessário tirar o ISRC, o Código Internacional de Normatização de Gravação, uma espécie de CPF digital da composição. Com esse código, o fonograma, que é a música gravada, passa a ser identificado na extensão dos seus titulares de direitos autorais e conexos, dentre outras informações, do tipo procedência, gênero e data de gravação original. Assim, toda vez que uma música é executada, a leitura do ISRC oferece o nome dos seus titulares e até a percentagem dos seus direitos.

No Brasil, o ISRC pode ser emitido por qualquer uma das nove associações de autores e essas associações devem encaminhar o relatório de cadastro de fonogramas ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, Ecad. Com um banco de dados informatizado e farto, o Ecad tem tudo para fazer um controle eficiente da execução pública, inclusive no que se refere às canções apresentadas em shows e eventos, com base nos borderôs fornecidos pelos promotores, na hora de pagar o Direito Autoral.

Do mesmo modo que emitem o ISRC para fonogramas, as associações são responsáveis também pela emissão do ISWC, o código de referência internacional para a identificação de obras musicais, não necessariamente gravadas. De sorte que o Ecad tem em mãos todo um ferramental que o torna apto a administrar a arrecadação e a distribuição dos direitos autorais dos titulares vinculados às suas associações filiadas. Essa é a teoria, pois na prática há dois graves problemas nesse esquema: um de obrigatoriedade na arrecadação e o outro de falta de transparência na distribuição.

No meu artigo, intitulado “Ana de Hollanda e o Direito Autoral” (DN, 30/12/2010), replicado no portal Cultura e Mercado (24/02/2011), defendi que algo precisa ser feito nessa dissonância administrativa, para que os autores não fiquem à mercê do cartel do Ecad, montado em um sistema de excelência tecnológica e policialesca para arrecadar, mas cheio de corpo mole e de “deficiência prática” na hora de distribuir. A superintendente executiva do Ecad, Glória Braga, considerou o meu posicionamento uma “infeliz declaração” no artigo “Resposta do Ecad a Flávio Paiva”, publicado naquela revista blog (14/03/2011).

Ela ressalta que “o Ecad não pode ser considerado um cartel, pois as atividades de arrecadar e distribuir direitos autorais não são de natureza econômica, já que a música não pode ser caracterizada como um bem de consumo a ser ditado pelas regras de concorrência”. Eu diria que apesar de as associações que mantém o Ecad serem entidades sem fins lucrativos, elas existem por motivação econômica e, por terem o monopólio da arrecadação e da distribuição dos direitos de terceiros, inclusive de não associados, guardam a característica de cartel.

Em sua réplica ao meu artigo, Glória Braga argumenta que se o artista filiado a qualquer das associações “não estiver satisfeito, seja com a política adotada seja com a presidência de sua associação, que busque outra opção”. Como buscar outra opção se o sistema de gestão do Direito Autoral relativo à execução pública tem controle exclusivo do Ecad? Os autores que não aceitam essa ingerência compulsiva precisam de alternativas legais. Talvez seja possível criar um selo que distinga as criações musicais controladas pelo Ecad, de modo que as demais possam construir outras trilhas.

Desta forma, muitos artistas brasileiros poderiam se livrar do recolhimento do pagamento de direitos autorais ao apresentarem suas próprias obras. Considerando que do jeito que está a certeza de não receber perde de longe para a certeza de ter que pagar, alguns recorrem a termos de “renúncia”, mas é tão complicado convencer o Ecad a aceitá-los que em muitas ocasiões sai mais “barato” pagar e esquecer que se pagou. Em sua resposta, a executiva do Ecad conclui que “sem nenhuma supervisão do Governo, essa estrutura distribuiu, em 2009, R$ 318 milhões para 81.250 criadores de música”. Esqueceu de informar que no mesmo ano a entidade reteve R$ 65 milhões na rubrica “taxa de administração”.

Com o potencial de recolhimento de direitos autorais por parte de algumas empresas do mercado de mídias, provedores e buscadores digitais, provavelmente serão registrados aumentos na arrecadação e na distribuição. Nesse cenário surge o fantasma da falta de transparência no repasse dos recursos aos titulares. A superintendente executiva do Ecad diz que “todas as informações sobre o trabalho da entidade estão disponíveis no site www.ecad.org.br”, porém o que de mais próximo com transparência se vê no portal da entidade é um ranking de artistas com maior rendimento.

O Ecad não teria perdido sua atração de entidade de autores, caso tivesse trocado a política de conluio com os majoritários pelo desenvolvimento de uma política de respeito aos minoritários. Tomando como base os números oficiais do próprio Ecad, “que representa atualmente os direitos autorais de execução pública de 342 mil titulares de música”, menos de 24 por cento dos autores recebem qualquer repasse da entidade, numa total falta de senso de prestação de contas, de noção de equidade e de compromisso com os associados. Somente a adoção de boas práticas de governança salvaria o Ecad dessa crise de desconfiança na relação com as suas partes interessadas.

Entre os defensores do Ecad em sua forma atual é comum ouvir a queixa das dificuldades de receber o pagamento de quem tem o dever de pagar Direito Autoral e não paga. Muitos usuários já estão pagando a empresas de comércio de conteúdos pela internet para ter acesso a bens intelectuais, mas as parcelas destinadas a direitos autorais não estão chegando aos criadores. Usam essa dificuldade de arrecadar para justificar a dificuldade de “fazer justiça distribuindo migalhas, por mais sofisticado que seja o sistema de distribuição”. Acontece que essas migalhas têm dono e, como não existe uma regra clara da destinação desse dinheiro alheio, o Ecad perde força entre os autores e, consequentemente, na sua luta para arrecadar.

O raciocínio de que é praticamente impossível distribuir valores extremamente insignificantes tem sentido. Todavia, esse juízo não vale para quem se sente ultrajado em seu direito. Imagino que se fosse delimitada pelo menos uma fronteira para a viabilidade dos autores receberem os repasses devidos pela execução pública de suas obras, o mal-estar da falta de transparência seria reduzido. Neste caso, a prestação de contas com os minoritários somente seria efetuada quando o interessado alcançasse um determinado valor a receber. Para isso, seria necessário que o autor de obras de baixa freqüência de execução pudesse acessar no portal do Ecad a evolução do seu ganho.


O fato de qualquer autor cadastrado em qualquer das associações que constituem o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direitos Autorais poder acompanhar, por um sistema de busca elementar, a movimentação financeira resultante do seu trabalho já seria um grande avanço na aproximação do Ecad com os criadores que lhe dão razão de ser. Infelizmente o problema não é de cunho tecnológico, mas de ausência de discernimento por parte dos controladores da instituição. Enquanto a sociedade reclama a flexibilização de obras para fins de uso pessoais e educacionais (não comerciais, não publicitários, não religiosos e não políticos) a direção do Ecad fecha-se em seu despotismo e apenas diz que não é bem assim.

3 de fev. de 2011

2 de fev. de 2011

Uma tal de Madonna

Pois veja só essa:


"O blog Perez Hilton publicou, nesta quinta-feira (27), uma carta de rejeição emitida pela Millennium Records quando a cantora ainda era desconhecida.

No documento, o presidente da gravadora, Jimmy Ienner, afirma que ele reconhece em Madonna as bases de uma grande artista, com boa produção e uma imagem forte. No entanto, o presidente acreditava que ela ainda não estava pronta para assinar um contrato.

Ao final da carta, Inner ressalta que estava recusando a artista naquele momento, mas que esperava por novidades no futuro." Fonte CifraClubNews

O cara tem uma gravadora e rejeita uma cantorinha talentosa chamada Madonna. Pouco tempo depois desabrocha nela a rainha do pop. É um documento comprovando o azar que o cara teve na vida.

Sim, a Madonna é a rainha do pop. E acho que ela se tornou tal não por causa de seu talento, mas por causa de sua visão. Ela sempre soube que não veio ao mundo pra cantar, isso vários artistas fazem. Ela veio pra cantar, compor, produzir, dançar, planejar, inovar e ditar as regras do mundo da música. É ela quem manda, é ela quem comanda. Ela sabe a hora certa de sumir, ela sabe a hora certa de voltar. Ela não fala, ela faz.

Nunca fiz questão de comprar um álbum dela, nem baixar na íntegra, mas já assisti alguns dvds de shows que me deixaram boquiaberta. Ela entendeu antes de todo mundo que era preciso investir em shows porque se ficasse na dependência da venda de cds perderia dinheiro, assim, montou verdadeiros espetáculos e continuou rachando de ganhar dinheiro. Não acredita? Clica AQUI.


[ ao som de Tipo Uísque ]

1 de fev. de 2011

Bittersweet Symphony - Plágio Agridoce

Nos anos 2000 o Oasis dominava a cena entre as bandas de britrock ofuscando bandas como Blur e The Verve (entre outras que eu nem cheguei a conhecer). Na verdade eu nunca me apeteci muito por Oasis, e após alguns anos tenho a impressão que das 3 citadas eu levaria pra casa o The Verve.

Na verdade o Verve me conquistou pela música Lucky Man, que nunca teve o sucesso próximo de nenhum dos hits do Oasis. A música Bittersweet Symphony, a mais conhecida deles, teve sucesso principalmente por ser tema do filme Segundas Intenções.

E é por causa da música Bittersweet Symphony que eu tive vontade de nomear este post de "Mic Jagger - Um grande filhadaputa". Ele acusou o The Verve de plagiar a música The Last Time para compor Bittersweet Symphony, processou e ganhou. Recebe até hoje toda a grana pelo uso e execução da música do Verve.

Resolvi xingar Jagger por que achei que a acusação fosse baseada na música original dos Rolling Stones:

Mas pesquisei melhor antes de escrever besteira e descobri que o plágio/sampler foi de uma versão da Andrew Oldham Orchestra para a música The Last Time:

Bom, depois dessa nem preciso escrever mais nada. É mais um caso de plágio esdrúxulo no mundo da música. Acho que só perde pro caso da Shakira que plagiou a música da copa de 2010.

Eu ia comparar The Verve com o Coldplay no começo do post mas decidi citar só bandas mais antigas. Agora ficou inevitável compará-los devido aos plágios. A criatividade no rock inglês anda tão mal assim? rs

Mas isso também não significa que o The Verve perdeu a moral comigo. Não mesmo. 

The Verve - Bittersweet Symphony